joão nunes de ornelas arquitecto  


Nova imagem proposta

O edifício da escola C+S apresenta elementos que nos remetem para a arquitectura popular (beirado no telhado, embasamento e guarnição de vãos em faixa de cor azul e o branco como cor dominante) e elementos que não fazem parte do vocabulário da arquitectura popular da região, como seja a quadrícula em betão pintada de bege, a planta composta por 2 quadrados rodados 45º, o betão aparente dos muros exteriores, uma dimensão que não é própria do referido tipo de arquitectura e técnicas construtivas não tradicionais (estrutura em betão armado e paredes em alvenaria de tijolo). Desta mistura resulta um edifício a meio caminho entre a arquitectura popular e “moderna” cuja imagem poderia servir o propósito de edifício/escola mas carece de profunda revisão face às novas funções que se pretende o edifício venha a desempenhar.
A imagem de organismos públicos ou de empresas é indissociável dos edifícios onde estão instaladas e muda ao longo dos tempos. Coube à equipa projectista a tarefa de analisar essa mudança e transportá-la para o edifício a intervencionar.
É geral a tendência para aproximar as instituições e empresas do cidadão/consumidor. Essa aproximação faz-se através da busca processos mais céleres de comunicação, menos burocracia (certos assuntos são resolvidos através da internet, pagamentos, recolha de informação, preenchimento de formulários, etc) e da adopção de uma imagem que aponte no sentido de uma maior informalidade (a designação “Câmara Municipal de Aljezur” acompanhada da respectiva heráldica dá lugar à designação “Município de Aljezur” acompanhado por um “a” minúsculo no papel timbrado da Câmara). A uma imagem estática de autoridade e estabilidade sobrepõe-se uma ideia de movimento, de “modernidade” e de diálogo com o exterior.

 
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