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Fachadas
A fachada de um edifício é a sua cara (mesma origem etimológica facies-latim). Nalgumas intervenções apenas se intervém a esse nível (ex: uma empresa pretende mudar de imagem e muda a fachada de um edifício ou recobre-a com uma “segunda pele”). Trata-se de um “facelifting” efectuado num edifício. Uma “segunda pele” pode ser mudada quando se entender tratando a fachada do edifício como um vestido que se troca consoante a vontade ou ocasião.
A aplicação de uma segunda pele, visualmente permeável (chapa perfurada ou policarbonato na presente intervenção), permite que a fachada escape à lógica interior (compartimentação e vãos) em proveito de uma outra lógica mais livre dentro da qual é possível criar o desenho de fachada que se quiser: é possível não identificar os pisos na fachada; o edifício transforma-se num volume coeso e homogéneo. O padrão obtido é constituído por situações visuais muito diferenciadas (chapa perfurada sobre parede, sobre vidro ou sem suporte interior, vidro exposto, parede exterior opaca exposta) cujos efeitos se alteram em função das horas do dia/noite (a chapa perfurada é mais opaca para quem se encontre do lado mais iluminado).
Na adaptação em questão a parede exterior foi substancialmente alterada e foi justaposta uma segunda pele (solução polidérmica) que para além de constituir um elemento compositivo da fachada resulta numa efectiva protecção solar e numa membrana de regulação climática e lumínica.
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