Esta intervenção consiste em dar um rosto ao parque de estacionamento do Casino de Lisboa que o diferencie dos demais e o relacione com o casino propriamente dito, ou seja passe a fazer parte dele e deixe de ser um incaracterístico anexo para estacionamento. A compartimentação do espaço não foi da nossa responsabilidade estando previamente definida no projecto de arquitectura. Coube-nos um trabalho de arquitectura de interiores ou decoração para ser mais preciso, que constituiu um desafio muito estimulante com um elevado grau de liberdade plástica e a possibilidade de manipular a iconografia relacionada com o jogo e a sorte, criando ambientes sedutores e subtilmente festivos.

Podemos considerar 4 grupo de espaços a intervencionar:

1 – Elevadores e antecâmaras de acesso ao casino (piso -1) – acabamento exterior em acrílico transparente revestido a película autocolante com fotografias tratadas de ambientes de jogo. O acrílico é retro iluminado por lâmpadas fluorescentes dispostas em aparente alietoriedade.
Os espaços interiores são forrados a gesso cartonado lacado a preto mate (paredes e tectos). Se no exterior encontramos luzes difusas veladas por superfícies translúcidas (acrílico com película autocolante) no interior são aplicadas lâmpadas de halogéneo cuja nitidez é acentuada pelo facto de se encontrarem recortadas sobre um fundo escuro. Nas paredes opostas à entrada um papel de parede com motivos florais torna o espaço mais acolhedor, afastando uma sobriedade própria de um edifício de escritórios mas demasiado fria para um casino.