No presente projecto foi usado todo o cuidado no sentido de não alterar ou de alguma forma desvirtuar o “desenho” dos edifícios existentes. Assim a imagem da fachada principal dos edifícios existentes permanece intocada, não contabilizando os indispensáveis trabalhos de conservação e a substituição da caixilharia. A intervenção no interior dos mesmos  edifícios resume-se a uma melhoria de acabamentos e execução de novas instalações (electricidade, redes telefónicas e de dados, detecção de incêndios,  águas e esgotos) tendo como objectivo a adaptação às novas exigências de conforto, higiene, segurança e redução dos trabalhos de manutenção.
As novas i.s. previstas estão implantadas de forma a não interferir na leitura do pórtico (arcadas) destacando-se pelo recurso à cor, ao desfasamento de planos (pórtico/i.s.) e a faixas verticais em tijolo de vidro que individualizam a arcada.
As salas polivalentes a construir apresentam-se com uma linguagem diferente do “estilo centenário” assumindo claramente que se tratam de arquitecturas de dois tempos distintos. Os edifícios/escola destacam-se da nova construção (sala polivalente) por serem mais claros (contrastando com o tom escuro provocado pela sombra que lâminas em alumínio sobre o plano de vidro da sala polivalente) e por serem mais “compactos”. A nova construção contém simultaneamente a desejável discrição, não conflituando com a escola,  e apontamentos de cor, jogo e movimento que a tornam atraente e estimulante para as crianças.
A sala polivalente é uma “caixa” onde se destaca um plano quebrado branco que a envolve.

autoria: João Ornelas
colaboração: Cristiana Esteves