joão nunes de ornelas arquitecto  


Este trabalho consistiu no desenho de um “edifício técnico” (o edifício de comando de um parque eólico). A designação “edifício técnico” tem por critério o mesmo que nos permite designar as “áreas técnicas”: são espaços concebidos fundamentalmente para a instalação de máquinas e não para a permanência de pessoas. Neste caso, à excepção de uma sala de reuniões e i.s., todos os espaços são “áreas técnicas”: sala de quadros eléctricos, telecomunicações/telecontagem/protecções de linha e grupo diesel (gerador). São áreas dimensionadas em função das mesmas máquinas garantindo o acesso a pessoas para o seu manuseamento, manutenção e reparação. O edifício compõe-se de um volume longo com 5 m de altura, um volume mais baixo e um plano curvo que integra a entrada no edifício e se destaca do conjunto (reboco pintado de branco) pelo material aplicado (betão aparente). Janelas altas definem nas fachadas faixas horizontais que garantem a iluminação e ventilação do interior.

Os edifícios técnicos são óptimas oportunidades para projectar edifícios com características invulgares e estranhas proporções (adaptadas às especificidades do equipamento que acondicionam): aberturas com 5m de altura, compartimentos fechados,  tubos que saem da fachada, tapetes deslizantes, portas com a soleira 3m acima do pavimento, turbinas, cilindros de lata, galerias em chapa metálica, guinchos deslizantes sobre carris...É pena que edifícios deste tipo (“ETARs”, parques eólicos, edifícios industriais, armazéns à beira da estrada) tenham, em muitos casos, um desenho pouco cuidado e contribuam para a degradação da paisagem.

autoria: João Ornelas
colaboração: Helena Fernandes

 
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